DILMA ANUNCIA MUDANÇAS EM SEIS MINISTÉRIOS
Previsão é que posse dos novos ministros ocorra na próxima segunda (17) em cerimônia no Palácio do Planalto
Da AE
Foto: AFP
Em meio à crise com
integrantes da base aliada no Congresso, a presidente Dilma Rousseff
anunciou nesta quinta-feira (13) mudanças na composição da Esplanada dos
Ministérios. A previsão é de que a posse dos novos ministros ocorra na
próxima segunda-feira (17), às 10h, em cerimônia no Palácio do Planalto.
Em nota divulgada nesta quinta-feira
pela Secretaria de Comunicação foram confirmadas as seguintes mudanças: o
atual secretário de política Agrícola, Neri Geller, assume no lugar do
ministro da Agricultura, Antônio Andrade (PMDB-MG). O assessor
internacional do Sebrae, Vinícius Nobre Lages, assume a pasta do Turismo
no lugar de Gastão Vieira (PMDB-MA).
O vice-presidente de governo da Caixa
Econômica, Gilberto Occhi, passa a ocupar a vaga do ministro das
Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). O atual presidente da Petrobras
Biocombustível, Miguel Rossetto, assume o comando do Ministério de
Desenvolvimento Agrário no lugar de Pepe Vargas (PT-RS). O ex-reitor da
Universidade de Minas Gerais Clélio Campolina Diniz ocupará o Ministério
de Ciência e Tecnologia na lugar de Marco Antônio Raupp. O senador
Eduardo Lopes (PRB-RJ) assume o Ministério da Pesca no lugar de Marcelo
Crivella (PRB).
Os ministros que desembarcam da
Esplanada ficam livres para iniciar pré-campanha para disputar as
próximas eleições de outubro. A dança das cadeiras anunciada pela
presidente Dilma ocorre num momento em que se estabeleceu uma crise com
integrantes da base aliada no Congresso que se queixam de falta de
espaços no governo e de atrasos na liberação de emendas para tentarem
atender aos pleitos das bases eleitorais nos Estados.
Com a divulgação dos novos ministros,
Dilma tenta desarmar o espírito beligerante de parte dos aliados.
Avisados de que seriam atendidos na reforma ministerial, o PP e mais
recentemente o PROS anunciaram que não farão parte do blocão da Câmara,
composto por partidos descontentes com o Palácio do Planalto.
O bloco, capitaneado pelo líder do PMDB
na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), impôs nos dois últimos dias uma série de
derrotas ao governo com a aprovação de propostas que desagradam o
Planalto, como os convites e convocações a ministros e à presidente da
Petrobras, Graça Foster, para prestar esclarecimentos no Congresso.
Detentores da indicação para Agricultura e Turismo, os deputados do PMDB
alegam que não foram ouvidos por Dilma.
Apesar das queixas dos deputados,
integrantes da cúpula do partido saíram em campo nesta quinta-feira em
defesa do fim do grupo. "O PMDB é um partido da base e não é
compreensível, até para opinião pública do País, ver um partido que tem a
vice-presidência da República, a presidência do Senado e da Câmara e
possa estar na oposição. Isso é uma incoerência", afirmou o presidente
do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), após participar de evento no Palácio
do Planalto em que a presidente Dilma anunciou novos investimentos do
PAC Mobilidade em seis Estados e no DF. Questionado se o discurso era um
recado direto da cúpula para a extinção do blocão, Raupp respondeu:
"Esse pedido estamos fazendo há muito tempo, para que o PMDB volte à
base. É um pedido que fazemos todos os dias para que a gente possa
refletir e possa voltar a conversar"
Fonte: Jornal do Comercio
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